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terça-feira, 24 de outubro de 2006

Guarulhos acelera seu autódromo

CBA espera que já em 2010 GP Brasil deixe Interlagos


O prefeito Elói Pietá e o secretário de Esportes Júlio Filgueiras conversaram no domingo com o ministro dos Esportes, Orlando Silva, durante o GP Brasil, em Interlagos, e decidiram acelerar os estudos para a construção do futuro Autódromo de Guarulhos.

A aceleração do projeto coincide com a expectativa do presidente da Confederação Brasileira de Automobilismo, Paulo Scaglioni, de realizar o GP Brasil em Guarulhos já em 2010.

Em entrevista ao jornal esportivo “Lance!”, no último sábado, Scaglioni confirmou que Interlagos abrigará o GP Brasil só até o final do contrato entre a Prefeitura de São Paulo e a Formula One Managemment (FOM), empresa que contrata os autódromos das provas de Fórmula-1.

O secretário Júlio Filgueira disse ontem ao Olho Vivo que já foram aprovadas, até o momento, quatro etapas de trabalho do plano de estudos para viabilizar o autódromo na cidade. A divulgação do relatório final, previsto para meados de janeiro de 2007, foi adiantada para o final de dezembro deste ano.

A primeira etapa do plano foi a elaboração de diretrizes para a formulação de projetos. Esse tema também foi discutido com o ministro Orlando Silva no fim de semana.

A segunda etapa, disse Filgueira, é a análise de impacto urbano, esportivo, econômico, social e cultural do projeto. A terceira trata do financiamento e das garantias para os investimentos. A última será a fase de divulgação e debate do projeto.

Os estudos estão a cargo da Comissão Especial criada no dia 22 de setembro deste ano pelo prefeito Elói Pietá.

A Comissão fixou em 120 dias o prazo para submeter ao prefeito as conclusões alcançadas. É formada por integrantes da Prefeitura, da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA), do setor privado e da Rede Globo de Televisão.

Consultado ontem pelo Olho Vivo, o administrador do autódromo de Interlagos, José Eduardo Marques Cupertino, afirmou que um dos problemas do autódromo paulistano são os gastos anuais para construir as arquibancadas tubulares, que servem exclusivamente para o GP Brasil. “R$ 12 milhões são usados todos os anos para construir essas estruturas, que logo são desmontadas.”

Segundo Júlio Filgueira, o local em Guarulhos ainda não está definido, mas a comissão está à procura de terrenos em declive, que permitam a construção de arquibancadas fixas, dispensando as estruturas tubulares.

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