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sexta-feira, 16 de abril de 2010

Brasileiro de Endurance: a anatomia de um pit stop


Ferrari F430 estará no grid deste domingo
Foto: Luca Bassani/MS2


Momento de maior tensão em uma corrida, a parada nos boxes pode definir os rumos de uma corrida e, no caso do Brasileiro de Endurance, um campeonato


Para se vencer uma corrida no Campeonato Brasileiro de Endurance, não é preciso apenas acelerar forte, tomar cuidado com acidentes e torcer pela resistência de seu equipamento: é necessário realizar os procedimentos corretos na hora do pit stop, um dos momentos de maior perigo durante uma corrida, que pode ser determinante para o resultado final.

O procedimento de parada nos boxes é o momento onde as equipes precisam trabalhar contra o relógio e, ao mesmo tempo, deixar carro e pilotos preparados para a próxima jornada na prova. E, no caso do Brasileiro de Endurance, que é composto por corridas de no mínimo três horas, isso envolve abastecimento em grandes quantidades e troca de pneus. Ou seja: é preciso muito cuidado.

Pensando nisso, e buscando privilegiar o melhor trabalho, o regulamento impõe algumas condições: logo na entrada, passando a linha que delimita o início da área de rolamento dos boxes, o piloto precisa reduzir a velocidade para 60 km/h. Em seguida, ao estacionar no local demarcado, o piloto que está no volante precisa desligar o carro; caso contrário, os procedimentos de pit stop não podem ser iniciados.

Carro parado e desligado, chega a hora de os mecânicos entrarem em ação: indicados com um jaleco e devidamente protegidos com macacões antichama, balaclava, luvas, sapatilhas e capacete, apenas quatro membros da equipe podem mexer no carro, com outros dois autorizados nas demais operações. O resto deve ficar dentro da garagem do time — se alguém sair dos boxes, será considerado mecânico atuante na parada, e a equipe receberá uma punição.

Desses seis mecânicos, apenas um pode ajudar na troca de pilotos — isso se o competidor que deixou o carro não ajudar —, enquanto os outros se dedicam a trocar os pneus. Por último, fica o abastecimento, que só poderá ser efetuado com as quatro rodas no chão. Neste procedimento, somente três mecânicos podem participar.

Só após todo o procedimento de parada, com o piloto afivelado no banco e a porta fechada, é que o carro pode ser ligado. E o motor não pode ser acionado por uma fonte externa: o piloto que precisa ligar o carro para retornar à prova. Em média, este procedimento dura em torno de dois a três minutos, mas qualquer erro pode custar voltas importantes. E, no Brasileiro de Endurance, todas as voltas contam pontos — e isso pode custar o campeonato no fim das cinco etapas.

Tudo isso será visto de perto neste fim de semana, quando o Brasileiro de Endurance abre a temporada 2010 com os 500 km de Tarumã, neste domingo 18 de abril, às 11h30.


Largada em Tarumã será 11h30
Foto: Miguel Costa Jr./MS2



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