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quarta-feira, 15 de outubro de 2008

A BOLA FORA DE MARTA - O ANO DO GORILA

Laerte Braga

Não significa que Gilberto Kassab seja o melhor candidato. Marta é que não soube ser a melhor. Kassab representa o que há de pior na política paulista e do País. Foi escolhido vice de José Serra nas eleições de 2004 contra a vontade do governador, então candidato tucano a prefeito.

Serra temeu, naquele momento, que Kassab, debaixo de várias denúncias de corrupção viesse a afundar o barco e quem for aos jornais da época vai ver que o tucano fez de tudo para que o antigo PFL, hoje o velho DEMocratas indicasse outro nome. Foi Jorge Bornhausen, reconstrução de Mengele, quem bateu o martelo e fechou questão.

O xis da questão é que como afirma Castor Filho o PT largou a militância para lá. Trepou no salto e montou o governo antes das eleições.

Uma vez Delfim Neto disse que qualquer candidato da oposição, tempos de ditadura, venceria uma eleição direta, mesmo que fosse um poste. Exercício de percepção do fim da barbárie.

A ONU através da Convenção de Espécies Migratórias decidiu que o ano de 2009 será o ANO DO GORILA. A espécie está em extinção. As semelhanças do gorila com o homem estendem-se além da capacidade de usar ferramentas básicas. É capaz de expressar emoções, angústias.

Sugiro que o epíteto a ser aplicado a torturadores seja outro. É ofensa aos gorilas imaginar que Brilhante Ustra possa ser um deles.

Quando VEJA quis saber do estado civil de Kassab, sobre sua família, cumpriu seu papel de revista podre. O erro de Marta foi esse. “VEJOU”.

Madona apareceu numa pré-estréia de um filme nos EUA, em New York, com saltos em forma de revólveres. No sapato é lógico.

O jornal VALOR ECONÔMICO mostra a entrevista de uma “especialista” em direto de família, montada num carro de cem mil reais, esbravejando indignada contra as declarações de Marta Suplicy sobre Kassab. Aí, lá pelas tantas, cai no mesmo erro de Marta só que do lado contrário.

Eleições viraram shows de marqueteiros. Iguais a um jogo de futebol em que os técnicos trancam tudo, jogam com duzentos zagueiros e trezentos volantes marcando atrás. Toma gol quem erra. Ou como dizem os comentaristas, Kassab está jogando no erro do adversário. E bota erro nisso.

Que falta faz Sérgio Porto e seu “FEBEAPÁ” – FESTIVAL DE BESTEIRAS QUE ASSOLA O PAÍS.

Está faltando alguém para mandar prender o Sófocles tamanha a barafunda que o tal processo democrático está gerando. Desde quando Gilberto Kassab representa alguma coisa que não a hipocrisia das elites e o comportamento dócil dos robôs manietados pela GLOBO, deslumbrados no estilo FIESP/DASLU, movidos a personal trainers e dividindo mesa do almoço com algozes?

Pior, rindo.

A pisada de bola de Marta é incompreensível por conta disso. Na verdade, levantou foi a bola para um político sem condições mínimas de coisa alguma e que vai ser eleito prefeito de São Paulo na irresponsabilidade petista de esquerdismo deslumbrado com cargos e coisas que tais.

Esse é o problema. Marta praticou harakiri. Atirou-se ao mesmo cesto onde Kassab e as cobras tucano/DEMocratas destilam o veneno que alimenta Serra, Aécio, etc, a pior corja da história da política brasileira.

E que fique claro. Ustra não é gorila. Tem todo o direito de protestar o mamífero em questão. Ustra é carrasco escondido atrás da porta da anistia montada para beneficiar seres repulsivos como ele.

O gorila expressa emoções e angústia e Ustra não sabe o que é isso. Não é humano.

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