Depois de uma longa expectativa, hoje dia 23/12/09, foi confirmado o retorno às pistas, do hepta campeão mundial de Fórmula Um, Michael Schumacher, agora como piloto contratado pela Mercedes Benz, que também retorna à categoria com equipe própria, depois de uma ausência de 55 anos.
Schumacher já correu pela Mercedes como parte do programa de jovens pilotos da marca alemã, entre 1990 e 1991. Na época foi contratado para participar da Fórmula 3 alemã, e nos carros de turismo da categoria DTM. Na verdade foi a Mercedes a responsável pela estréia de Schumi na Fórmula Um, quando o patrocinou na equipe Jordan, em 1991.
Não gosto muito de estatísticas, mas é preciso lembrar que em quinze anos de Fórmula Um Schumacher conquistou 7 títulos mundiais, 91 vitórias, 68 pole positions, 154 pódios, 76 melhores voltas e 1.369 pontos. São dados impressionantes, que apenas confirmam a genialidade desse fantástico alemão.
Acredito que com a saída de Schumi, a categoria perdeu parte de seu glamour, embora a maioria de seus colegas de trabalho tenha ficado bem aliviada com a sua aposentadoria. Ele ganhava tudo, não dava chance para ninguém. As corridas já estavam ficando monótonas, todo mundo já sabia que era o Schumacher que ganhou, ou que iria ganhar.
Mas, quando ele realmente ficou de fora, a sensação foi estranha, ele começou a fazer falta, já no primeiro ano de ausência. Muita gente, inclusive eu mesmo, pensava: Será que se o alemão estivesse correndo o vencedor seria esse mesmo?
Nesses três anos sem Schumacher, a Fórmula Um não teve o mesmo brilho, o alemão começou a fazer falta até para os seus não simpatizantes. Acho que mesmo os seus adversários de pista, sentiram a sua falta. Será que o Jenson Button ganharia 6 corridas se o Schumi estivesse no grid? Eu pessoalmente gosto muito do Button, tive até a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente numa corrida de Stock Car no Rio de Janeiro, mas não acredito que seria tão fácil para ele se o Schumi largasse do seu lado.
Schumacher longe do cockpit pode relaxar e mostrar um outro lado, mais humano e simpático. Demonstrou um grande carinho pelo ex-companheiro Felipe Massa, durante seu acidente, e principalmente participando em todas as etapas do Desafio das Estrelas, prova de kart organizada por Massa anualmente em Florianópolis.
Em sua aposentaria curta, o alemão não se "achou" como a maioria das estrelas internacionais faz, isto é, não se escondeu, nem se esquivou da imprensa, não fugiu de paparazzi, muito pelo contrário, continuou a correr de kart, correu de moto, acelerou muito, caiu, se machucou, deu inúmeras entrevistas e até carregou o Massa no colo.
Embora o Brasil seja um celeiro natural de ótimos pilotos, eu tenho uma grande simpatia e admiração pelo alemão, da mesma forma que sempre tive admiração pelo meu amigo e genial piloto, Ingo Hoffmann. Acho os dois muito parecidos em competência, determinação e caráter.
Sendo assim, estou aguardando com certa ansiedade a primeira corrida da Fórmula Um. O alemãozinho Nico Rosberg vai ter que suar muito o macacão. Na verdade acho que o alemaozão Schumi vai infernizar todo mundo, como fez este ano em Florianópolis, vencendo o torneio. É isso aí. Até a próxima.
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