Tunada para rodar no dia-a-dia, está Saveirinho tem motorzão 1.9 turbinado com 270 cv, suspensão a ar, câmeras no pára-choques e o melhor dos acessórios: aprovação do Inmetro/Detran
Passava das 3 horas da tarde, o carro de reportagem da MAXI TUNING rodava pela Rodovia Castelo Branco com os últimos suspiros de combustível, voltando do Mega Tuning Show realizado na cidade de Itu.
Como um oásis no Atacama, erguia- se frente às retinas dos repórteres um providencial posto de combustível. Gasosa na máquina e água goela abaixo para refrescar aquele caloroso dia dominical, em que a temperatura já passara dos 30ºC há tempos.
No caminho entre pegar a água e pagá-la, outro oásis. Surgia da traseira de uma picape um aerofólio na própria lata da tampa traseira. Mais uma olhada e, como em um estalo, a sagacidade do repórter foi detonada.
A caminho da festa de Itu, atrasado em mais de duas horas para entrar na competição, o comerciante Reinaldo Paiva Rodrigues, de 35 anos, dava o último talento na cara de sua Saveiro 2001, antes de mostrála ao público.
Como quem não quer nada, o repórter chegou como curioso, fez a proposta da reportagem, e, uma semana depois os cliques estavam feitos, e que cliques! Fotogênica demais, a Saveirinho fez bonito em sua aparição mais destacada desde que o tuning foi feito.
Reinaldo começou a transformar o VW em 2003. De lá para cá já são três tuning diferentes em apenas dois anos. Porém ele garante que a Saveirola nunca esteve tão brilhante quanto desta vez. Logo na pintura já se percebe o capricho do trampo.
Na Restaurakar bolaram a pintura com saia laranja e blusa preta. Um contraste perfeito, sem segredo e seguindo a tendência natural de parte de baixo chamar mais atenção que a de cima. Muito usado nas carangas do SEMA show 2004.
Para confirmar ainda mais a atenção dada à parte de baixo, Reinaldo mandou ver sem dó rodas Mangels de 18” calçadas com baixíssimos pneus Toyo Proxes de largura 215 e perfil 35, que os fazem quase sumir diante das redondas. Ainda mais quando deixa a picape com o peito ralando no chão ao toque do controle da suspensão a ar, desenvolvida pela empresa Suzan pneus.
Sob o capô bad boy, está a peça fundamental para que toda a beleza da caranga se traduza em algo além do que os olhos admirem. O antigo motor AP-800 ganhou pistões e bielas do AP-2000 e um bravo comando 315. A vida ganha contornos borrados a bordo da Saveiro quando entra em ação o caracol Biaggio 0.48/0.50.
Um scoop rasgando a lata do capô auxilia no fluxo de ar da aspiração fatal. Reinaldo garante que usa o carro no dia-a-dia, mesmo rodando com 1,5 bar de pressão. Do alto de seus 35 anos ele não pisa fundo o tempo todo. Mesmo com o motor forjado, todo carro sobrealimentado tem de ser tocado com mais cuidado.
Além disso ele também instalou comandos programáveis que esperam o resfriamento do motor para que o carro seja desligado. Um HIS ainda ajuda o piloto a não vacilar na acelerada se a mistura não estiver “no jeito”. Outra prova do cuidado com a Saveirola está nos pára-choques.
A terceira transformação do kit, desta vez incluiu até câmeras nas extremidades laterais para medir a distância da peça das guias em manobras de estacionamento. As imagens são transmitidas pela tela Napoli de 7” instalada no painel.
Sem esquecer da própria saúde o dono deu mais provas de cuidado, agora com os tímpanos. O escapamento direto de 3” recebeu um abafador um pouco antes da ponteira.
O ronco lembra esportivos tradicionais, que só fazem barulho em altas rotações. O som também não judia. Nas portas, só há um kit duas vias em subwoofer de 12”que dão o tom à melodia, com fonte Pioneer e módulo amplificador Rockford Fosgate 4.6.
Três barras de anti-torção deixam o carro mais na mão mesmo com os 270 cv de potência. Uma delas fica no cofre do motor, uma está na caçamba com acabamento de alumínio, e outra por baixo do carro entre as bandejas de suspensão dianteiras.
Por dentro, preferiu dar cara de extreme tuning À picapera, com bancos DGR, acessórios X-race, instrumentos Cronomac e Auto Gage. As peças de fibra e MDF do painel, coluna e detalhes foram pintadas pelo próprio dono. Esse é mais um sinal de cuidado, agora com a grana. À primeira vista, parece que foram gastos bem mais que os R$ 40 000.
Para fugir da intolerância dos cops, Reinaldo correu atrás de legalizar a fera. Ao custo de muito chá-de-cadeira e um bom despachante conseguiu documentar pelo inmetro todas as transformações da caranga. Agora, ele roda tranqüilo e só encosta ao som de uma sirene se fora de uma ambulância.
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terça-feira, 22 de novembro de 2005
Legalizado e bem cuidado
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