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quarta-feira, 20 de março de 2013

Domingo de velocidade no Velopark





O tempo instável que predominou durante o final de semana noVelopark parece dar espaço ao sol neste domingo. Cerca de 10 mil pessoas acompanham o terceiro dia de movimentação na reta de 402 metros, onde os carros mais rápidos do pais aceleram atrás de milésimo de segundos na busca de recordes.

Divididos em 18 categorias 128 pilotos de todo o Brasil, além de participantes da Argentia e Uruguai, estiveram presentes na etapa de abertura da temporada 2013. Com a melhor estrutura para a modalidade Arrancada, o Velopark vem se tornando referência no mundo, principalmente pelas marcas e recordes obtidos na pista. Uma das maiores incentivadoras da modalidade no Brasil, a Fuel Tech aproveita este reconhecimento para conquistar novos mercados na Europa e Asia.

"Estamos há 5 anos no mercado norte americano, mostrando toda a tecnologia que desenvolvemos ao longo das últimas temporadas. Com os tempos registrados em 2012 noVelopark nossa marca ganhou visibilidade também em outros paises, especialmente da África e Asia. A partir deste ano estamos convidando empresários e pilotos destes países para conhecer o Brasil, a Fuel Tech e o Velopark, nossa parceria tende a ficar cada vez mais sólida." - afirma Anderson Dick, diretor da empresa.

"Nós investimos sim, na pista, na estrutura e temos uma equipe cada vez mais qualificada. O Velopark tem uma identificação muito grande com a Arrancada, eu sou um apaixonado pelo esporte e acredito que com a nossa estrutura e o avanço tecnologico que os carros vêem apresentando nos últimos anos podemos fazer no Brasil uma das melhores e mais competitivas Arrancadas do mundo."afirma Felipe Johannpeter, diretor do Velopark.

Preparação de ponta

Participando do Campeonato Brasileiro de Arrancada a Equipe Speed Unlimited veio para evento com um veículo na categoria Extreme e dois na categoria Pro-Mod.Responsável pela preparação dos carros, o mecânico Márcio Rogério da Cruz(45), curitibano conhecido como Rogerinho contabiliza 23 anos na preparação de veículo para a Arrancada.
“Sempre fui mecânico, uma herança familiar, comecei preparando carros de rua, depois passei a atuar na mecânica de Dragsters. Trabalhando na Power Tech estava sempre atuando entre o Brasil e os Estados Unidos”, lembra.

No ano passado um novo desafio, montar dois carros na categoria Pro-Mod para a equipe do piloto Roderjan Busato. O resultado, o incrível recorde batido no Velopark durante a Copa Brasil de Arrancada com o Camaro Vermelho que estampa o número 174. Foram 6.179 segundos para a pista de 402 metros. Um carro de 4.000 hp, hoje o mais rápido do Brasil, que chega a 403 quilômetros por hora .

Competindo pela categoria Extreme 10.5, o Opala azul já chegou ao Velopark para competir com recorde na pista de Curitiba de 8.009 segundos a 287 quilômetros por hora. Pilotado por Daniel Raniowski, veículo e piloto também são favoritos no Campeonato.

Para Rogerinho preparar um bom carro começa no regulamento. “Identificada a categoria dedico bom tempo no estudo do regulamento para mapear meus acertos e trabalhos no veículo. E estes acertos são baseados no que o eu penso que o carro pode virar. Trago o carro para o treino e passo para uma outra fase, trabalhar com a realidade possível do carro”, diz.

Os dois pro-mod trazido para o Velopark são legitimamente americanos. Vieram desmontados e a equipe de mecânicos estiveram por quinze dias junto com os mecânicos da equipe portoriquenha El General Racing e assessorados pela Pro Line, equipe recordista da categoria Pro-Mod nos Estados Unidos, para acompanhar acerto, testes, puxadas e duas competições de veículos semelhantes aos da equipe brasileira. Os carros que vieram para o Brasil foram montados em 45 dias cada e o primeiro funcionamento foi realizado de forma on line para os ajustes de cada carro com a empresa pro Line, que, posteriormente, veio acompanhar os primeiros testes em São Paulo, na pista Speed.

“Batemos o nosso recorde aqui pois a pista do Velopark é a mais especializada do Brasil, seria um bom tempo classificatório nos EUAs, mas estamos agora com novo desafio, explorar ao máximo a capacidade do Camaro de quatro mil cavalos e virar um tempo na marca dos cinco segundos. Mas o meu maior desafio é superar meus próprios limites”.

E para quem pensa que ter um carro perfeito depende de peças e pilotos se engana. Ser um bom preparador passa por muita dedicação, avaliação e testes. “Uma suspensão tem 50 acertos diferentes e é preciso adequar o veículo a cada local, características da pista, temperatura e forma de pilotagem. “No meu trabalho o piloto conta muito, ter uma tocada igual para não enganar a telemetria e poder confiar 100% até verificar se os ajustes são os corretos”, acrescenta Rogerinho.

Vale destacar que estes veículos passam por uma evolução tecnológica permanente e que tão importante quanto a preparação mecânica, os cuidados elétricos e eletrônicos definem o bom ou mau resultado. Na equipe Spoeed Unlimited o preparador elétrico e eletrônico é Anderson Liegel (37) que acumula 21 anos de experiência no setor.

“Quando comecei a preparar veículos o software utilizado era o MS Dos , hoje é muito diferente o sistema que utilizamos concentra 66 informações e tenho que ter conhecimento de mecânica para passar as mudanças necessárias e aproveitar ao máximo as informações”, diz Liegel.

O software utilizado no veículos da equipe mostra desde as rotações do motor, do cardã, sensores nos amortecedores, desempenho frontal e lateral, temperatura de todos os cilindos até se o carro patina numa posição. E estas informações podem ser reprogramadas conforme a avaliação do preparador.

“A maior diferença entre os veículos de arrancada no Brasil e Estados Unidos é que por lá ver camaros na pista é tão comum como ver o gol nas nossas”, acrescenta.








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