Pesquisar no Arquivo do Jornal do Autódromo

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Copa Renault Clio: Única mulher no grid, Graziela Paioli conta


com a experiência da equipe para encurtar fase de adaptação à categoria

Paulista de 18 anos de idade corre literalmente em família na Copa Clio, jáque compete pelo time chefiado por seu pai, Marcos, e administrado pela mãe, Celsa

Única mulher a disputar a Copa Renault Clio em 2008, a paulista Graziela Paioli enfrenta um duplo desafio nesta que pode ser considerada sua primeira temporada completa na categoria. Além de fazer parte de um grid composto por pelo menos outros 24 pilotos do sexo masculino, ela segue em fase de adaptação não só ao carro, mas também a boa parte dos circuitos da temporada. Este primeiro obstáculo a paulista de 18 anos tem superado sozinha. Mas o segundo, ela própria admite, tem sido encarado em equipe. Isso porque, Graziela corre literalmente em família na Copa Renault Clio, já que compete pelo time dirigido por seu pai, o também piloto Marcos Paioli, e administrado pela mãe, Celsa.



“É claro que sempre existe um certo preconceito pelo fato de eu ser mulher, mas lido bem com isso e os pilotos, de modo geral, me respeitam. Uma categoria como a Copa Clio exige mais resistência do que propriamente força, e por isso uma mulher pode competir de igual para igual com os homens”, disse ela. “Já com relação à adaptação à categoria, aí não importa o sexo. Acumular horas de pista é a única saída, mas esse caminho pode ser encurtado se o estreante tiver o auxílio de uma equipe bem estruturada e experiente”, acrescentou.


Instrutora do Centro de Pilotagem Roberto Manzini, em São Paulo, Graziela Paioli conhece bem os segredos da pista que sedia três dos dez eventos no calendário da Copa Renault Clio. Mas, exceção feita ao traçado de Curitiba, está tendo que aprender os demais circuitos da temporada. É o caso da pista de Jacarepaguá, onde a categoria disputa sua quinta etapa neste domingo. E, nesse momento, o trabalho da equipe tem sido fundamental. “Temos seis carros na Paioli Racing, e pilotos com bastante experiência. Por isso, sempre tenho a quem recorrer quando preciso de uma ajuda para interpretar um comportamento do carro, ou para pegar a mão de uma determinada curva”, acrescentou.



Graziela Paioli pertence a uma geração que se acostumou a ver um número cada vez maior de mulheres competindo contra uma maioria masculina. Há alguns anos, apenas umas poucas mulheres se aventuravam nesse universo, mas a participação feminina nas pistas vem crescendo gradualmente. “Corri algum tempo de kart, e nessa modalidade o número de mulheres tem aumentado, principalmente entre as mais jovens. Conseqüentemente, daqui a alguns anos teremos mais representantes em categorias do automobilismo e, quem sabe, não teremos um número suficiente de mulheres para encher um grid completo”, arriscou.


Na temporada de 2008, Graziela Paioli ainda não marcou pontos no campeonato, mas credita a fase ruim ao que ela própria definiu como sendo ‘acidentes de percurso’. “Eu poderia estar mais bem colocada no campeonato, mas tenho tido problemas nos treinos de classificação, e isso tem feito com que eu largue muito atrás. Isso aumenta o risco de acidentes, o que tem complicado minha vida neste ano”, encerrou a piloto, que não completou as provas de Brasília e São Paulo.



Mais informações:

Rodolpho Siqueira e Caio Moraes

Texto: Rafael Durante
Foto: Fernanda Freixosa
Press Consultoria Ltda
Fones: (11) 7863-2965 e 9245-7177
Rádios Nextel: 7*94668 e 104248*12

Um comentário:

Anônimo disse...

A Piloto tem 22 anos e não 18 anos como publicado na matéria.