Campeão antecipado ganhou de forma tranqüila. Logo atrás, muita ação envolvendo oito carros
A Copa Renault Clio realizou na manhã deste domingo (30), em São Paulo, a 10ª e última etapa da temporada 2008. Em jogo estava a vice-liderança da competição, já que José Córdova havia garantido o título com certa antecedência. E foi justamente essa disputa que fez valer o ingresso neste domingo, com um embate de tirar o fôlego que chegou a reunir oito pilotos.
Edu Garcia, segundo colocado no grid, manteve a posição na largada e partiu para o ataque sobre o pole José Córdova nas primeiras voltas. Sem conseguir acompanhar o líder, ele passou a se preocupar com o assédio do terceiro colocado, José Vitte, com quem disputava a segunda posição na tabela. A briga resultou no duelo mais eletrizante da corrida. Mesmo sob a pressão contínua de José Vitte, Garcia, segundo ele próprio, completou as 20 voltas da etapa sem cometer erros, e garantiu o segundo lugar na prova, subindo assim para a quarta posição no campeonato. Vitte insistiu até o final, mas passou a ser atacado pelos carros que vinham atrás, o que configurou um dos melhores pegas do ano na Copa Clio.
“Na briga pelo vice-campeonato eu era o piloto que estava em situação mais desconfortável. Então sabia que precisava marcar o máximo de pontos nessa corrida e fiz de tudo para terminar em segundo, já que era impossível para qualquer um acompanhar o ritmo do José Córdova”, comentou o piloto brasiliense. “Não sei dizer se foi minha melhor prova na Clio, mas com certeza esta foi uma das três melhores”, sentenciou, lembrando do trabalho que teve para segurar o pelotão que se formou atrás de seu carro.
Os seis carros que vinham embolados atrás de Garcia e Vitte brigaram até o final da corrida, gerando uma situação imprevisível até a bandeirada. Aproveitando-se do enrosco entre José Vitte e Wagner Cardoso – incidente que, após a prova, gerou a desclassificação de Vitte e a mudança na classificação geral do campeonato –, Luiz Frediani pulou para terceiro e fez as pazes com o pódio e confirmou a evolução da equipe Bolívar Motorsport.
“Meu carro melhorou muito de ontem para hoje, e durante a prova procurei não desgastar o equipamento. Acabei me aproveitando de alguns toques e incidentes para assumir o terceiro lugar, e no final não tentei um ataque mais duro ao Edu (Garcia) por não estar mais na disputa pelo vice-campeonato”, disse Frediani.
A quarta posição no momento da bandeirada ficou com José Vitte, mas ele acabou desclassificado após tocar em Wagner Cardoso e se envolver em uma disputa com Rodolfo Pousa considerada desleal pela direção de prova. “Meu carro estava muito bom. No começo da corrida me posicionei melhor no Esse do Senna e consegui a terceira posição. Quero agradecer ao José Cordova, que me ensinou muito neste ano, e a toda a equipe”, avaliou Vitte, sem saber que, minutos depois, seria punido e perderia o vice-campeonato.
O brasiliense Carlos da Rocha comemorou seu quinto pódio na temporada em uma prova que, por apenas quatro pontos, não lhe valeu o quinto lugar no campeonato. “A corrida prometia, porque tínhamos um bom acerto para a segunda parte da prova”, falou da Rocha. “Mas acabei perdendo duas posições no bolo que se formou por causa da disputa pelo segundo lugar, e com isso passei a administrar para chegar a um bom resultado. Este foi meu quinto pódio no ano, e por isso só tenho a agradecer a toda a equipe”, acrescentou.
O resultado completo da décima e última etapa da Copa Renault Clio 2008 foi o seguinte:
1º) José Cordova (PR), 20 voltas em 41:57.992 (média de 123.21 km/h)
2º) Eduardo Garcia (DF), a 14.524
3º) Luiz Frediani (SP), a 14.748
4º) Carlos Rocha (SP), a 17.175
5º) Willians Farias (PR), a 18.266
6º) Rodolfo Pousa (SP), a 18.820
7º) Wagner Cardoso (PR), a 19.478
8º) Rolf Gemperli (SP), a 19.900
9º) Luciano Kubrusly (SP), a 20.931
10º) Rodrigo Rocha (SP), a 33.100
11º) Roberto Santos (SP), a 34.862
12º) Ivan Mendez (SP), a 43.452
13º) Ydenis de Souza (SP), a 55.168
14º) Ulisses da Silva (RJ), a 9 voltas
15º) Carlos Almeida (DF), a 17 voltas
Mais informações:
Rodolpho Siqueira e Caio Moraes
Texto: Rafael Durante
Foto: Fernanda Freixosa
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