Por incidente típico de corrida, brasileiro recebe drive through e perde chance de ser vice-campeão novamente.
Desde que estreou, Di Grassi pontuou mais até mesmo que o campeão
Depois de uma temporada impecável, o brasileiro Lucas Di Grassi, vencedor da penúltima etapa da GP2 no sábado, terminou o ano recebendo uma punição bastante discutível. Di Grassi tentava uma manobra de ultrapassagem sobre Bruno Senna quando os dois, andando lado a lado, chegaram muito rapidamente ao carro do inglês Mike Conway. Bruno teve a oportunidade de fazer o contorno por fora do bólido do britânico, saindo da rota de colisão, mas Lucas ficou preso atrás do piloto inglês e acabou tocando a traseira do carro de Conway, em um incidente involuntário e típico de disputa de posição. No toque, Conway e Bruno Senna saíram do traçado. Lucas seguiu em frente. “Eu poderia ter me dado muito mal ali, o risco de quebrar a asa dianteira era grande, e em um traçado veloz e sob chuva como era o caso aqui em Monza, isso seria uma tragédia em termos de resultado”, lembra Lucas.
Posicionado no quinto lugar depois do incidente, Di Grassi seria o vice-campeão da temporada – já que o título havia sido garantido com uma corrida de antecipação pelo italiano Giorgio Pantano (equipe Racing Engineering). Mas o brasileiro foi surpreendido pela imposição de um drive through como punição por ter causado o acidente. “Só este ano tivemos provavelmente dezenas de episódios assim, involuntários, coisa típica de corrida. Eu não fiz nada radical, só defendi ou busquei melhorar minha posição”, disse Di Grassi, inconformado com a decisão que o retirou da briga pelo vice-título. Lucas cumpriu a punição e voltou ao traçado apenas em 16º. “Tentei me recuperar, mas sabia que era praticamente impossível, não haveria tempo”, conformou-se. Com isso, a briga pelo vice ficou polarizada entre o francês Romain Grosjean (ART Grand Prix) e Bruno Senna. O francês chegou em terceiro, e acabou o ano no quarto lugar, atrás de Pantano, Bruno e Lucas.
A temporada 2008 de Lucas Di Grassi na GP2 começou apenas na sétima etapa, realizada na França. Naquele momento, Pantano e Senna dividiam a liderança do torneio, com 24 pontos. O italiano terminou a temporada em primeiro com 76 pontos, contra 64 de Bruno. As respectivas médias de pontos por corrida foram 3,8 e 3,2. Lucas, nas 14 provas que disputou, teve média de 4,5 pontos. Nestas mesmas 14 provas, Pantano atingiu 3,7 pontos de média, contra 2,8 de Bruno Senna. O desempenho de Lucas valeu grande destaque nos bastidores da categoria: “Na minha opinião, Di Grassi é o piloto mais preparado do grid. E com os 3 eventos (não disputados, compostos por seis corridas, duas por fim de semana) ele teria vencido o campeonato com uma prova de antecipação... merece estar na Fórmula 1”, analisou o ex-piloto de F-1 Adrian Campos, chefe da equipe do brasileiro, em entrevista publicada no site oficial da categoria (www.gp2series.com).
Confira os seis pilotos que pontuaram em Monza:
1) Davide Valsecchi (Itália), Durango, 21 voltas em 38min09s871
2) Roldán Rodríguez (Espanha), FMSI, a 9s004
3) Romain Grosjean (França), ART GP, a 9s537
4) Pastor Maldonado (Venezuela), Piquet Sports, a 10s190
5) Giorgio Pantano (Itália), Racing Engineering, a 11s428
6) Jérome D’Ambrosio (Bélgica), DAMS, a 16s731
Esta é a classificação final: 1) Giorgio Pantano, 76 pontos; 2) Bruno Senna, 64; 3) Lucas di Grassi, 63; 4) Romain Grosjean, 62; 5) Pastor Maldonado, 60; 6) Sébastien Buemi, 50.
Mais informações:
Rodolpho Siqueira e Caio Moraes
Foto: Alaistair Staley/GP2
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