Fonte: StockCar.com.br - Divulgação
Foi afirmado ontem, em reportagem publicada no jornal Folha de S. Paulo, que a CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo) teria desistido oficialmente do Autódromo de Jacarepaguá. De acordo com o texto do jornalista Sergio Rangel, "segundo acordo assinado pela CBA, Prefeitura do Rio, COB (Comitê Olímpico Brasileiro) e Ministério do Esporte, um novo autódromo do Rio será construído em uma área cedida pelo Exército na zona oeste. Com a inviabilização de Jacarepaguá após as obras do Pan, a CBA concordou no último dia do mês passado em instalar o novo autódromo num terreno em Deodoro".
O piloto carioca Duda Pamplona, da Officer Motorsport, acredita que a iniciativa seja válida desde que não seja superficial. "Se for só para tapar buraco, fazer uma coisa de qualquer jeito, aí é ruim. Mas se for para fazer uma coisa legal, um autódromo mais moderno, trocar o asfalto – se bem que o asfalto do autódromo do Rio está ok, até pra tentar trazer uma Fórmula 1", diz.
O documento, que teria sido assinado no último dia 30, cria a possibilidade da nova instalação caso a cidade do Rio de Janeiro seja eleita como sede das Olimpíadas de 2016. Se isto não acontecer, a capital carioca deve se contentar com uma reforma também prevista no mesmo documento.
O Autódromo de Jacarepaguá foi desfigurado com três arenas construídas para os Jogos Panamericanos de 2007. Estima-se que 100 milhões de reais sejam gastos na construção do novo circuito, em Deodoro: 60 milhões vindos da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. O restante será desembolsado pelo Ministério dos Esportes ou pela iniciativa privada.
Segundo Duda Pamplona, Deodoro não fica em região muito próxima ao Centro carioca. "Não conheço Deodoro, mas sei que não é um bairro próximo. Mas se pararmos para pensar, hoje em dia é raro um autódromo próximo à cidade. Os autódromos costumam ser afastados mesmo. Talvez não seja um bairro tão nobre, mas acho que isso não é um problema", encerra.
Nada será feito no antigo autódromo enquanto o novo não for entregue, afirma Paulo Scaglione, presidente da CBA. "O acordo nos agradou. Fica numa área militar, que nos permitirá realizar provas até de noite sem problemas, o que está ficando difícil até em Interlagos", disse em entrevista à Folha. Procurado pela nossa reportagem, Scaglione não retornou as ligações até o momento do fechamento desta matéria.
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