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segunda-feira, 28 de julho de 2008

GP do Brasil de F-1: reconhecimento das autoridades

Castilho de Andrade

Depois de 36 anos ininterruptos – contando as corridas não oficiais de 1972 em Interlagos e 1974 em Brasília – o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 tem hoje o respeito e o reconhecimento das autoridades municipais, estaduais e federais como o grande evento esportivo anual do país. E um GP bem organizado é essencial para revelar pilotos, atrair divisas e abrir o caminho para outras competições.

A reunião do Conselho Consultivo do GP Brasil, na tarde da última sexta-feira no edifício Jornalista Roberto Marinho, sede da Rede Globo de Televisão, em São Paulo, reafirmou a importância da prova nos depoimentos do prefeito Gilberto Kassab e do ministro do Esporte Orlando Silva.

A cidade do Rio de Janeiro é uma das pretendentes aos jogos olímpicos de 2016. Parra o ministro Orlando Silva nada melhor do que a tradição da Fórmula 1 – nos últimos três anos decidindo o título mundial em Interlagos – para alavancar o trabalho da candidatura brasileira. Os chineses, quando conquistaram o direito de realizar a Olimpíada de Pequim, há sete anos, também utilizaram, entre outros, o argumento de que a Fórmula 1 estaria chegando a Xangai em 2004, subindo um novo degrau na escala da organização de grandes eventos internacionais.

Durante a campanha brasileira pela Copa do Mundo de Futebol, em 2014, Pelé deu entrevistas no Exterior e, mais de uma vez, citou o GP Brasil de Fórmula 1 como prova de que os organizadores brasileiros já tinham o know how necessário para eventos esportivos de ponta.

A cidade de São Paulo abraçou definitivamente o GP Brasil, principalmente a partir de seu retorno ao autódromo de Interlagos, em 1990. Desde então 18 corridas foram disputadas no autódromo paulistano. E os índices revelados pela FIPE não deixam dúvidas sobre os dividendos que o município conquistou com a realização da prova nessas duas décadas.

Para o prefeito Gilberto Kassab, a contínua modernização do autódromo de Interlagos é o aval oficial necessário para que o GP Brasil não corra riscos com as tentadoras propostas que a FOM recebe de nações emergentes da Ásia e do Golfo Pérsico. Um paddock mais cômodo e mais amplo, coberto, um novo lance de arquibancada fixa e ainda a possibilidade de um novo hospital são os investimentos que a Prefeitura fará para a corrida do dia 2 de novembro. “Estamos fazendo as melhorias necessárias. E esperando que, outra vez, a decisão do Mundial seja aqui, em São Paulo”, disse o prefeito após a reunião do Conselho Consultivo, um grupo de notáveis que oferece sugestões e avalia novas idéias para aprimorar a corrida.

A reunião do Conselho Consultivo, mais uma vez, na sede da Rede Globo, com abertura pelo diretor-geral da emissora, Octávio Florisbal, é a garantia de que o maior grupo de comunicação do Brasil continuará apostando na exclusividade da maior categoria do automobilismo internacional.

Mais informações para a imprensa:
Castilho de Andrade
Diretor de Imprensa do GP Brasil de Fórmula 1
imprensa@gpbrasil.com.br

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