Mineiro encara as míticas 24h de Daytona
Por mais que um piloto tenha títulos e vitórias no currículo, alguns têm importância especial, por toda a tradição que os cercam. É o caso das 24h de Daytona, que chegam neste fim de semana à 51ª edição, em um momento ainda mais especial. Depois da longa divisão entre categorias de longa duração nos EUA, 2014 será marcado por um campeonato único, o que aumentou o interesse de pilotos e equipes nas provas principais deste ano. E Rafa Matos (Ativas Symantec/IMM Impermeabilizantes) volta ao traçado de 5.728m da Flórida em busca de nova façanha.
Em 2008, também na categoria GT, comandou a tripulação do Mazda RX-8 que garantiu um triunfo histórico para o construtor japonês. E levou para casa o relógio Daytona Perpetual Cosmograph, oferecido a quem chega ao alto do pódio. Agora com a Ferrari 458 GT da Scuderia Corsa – representante da fábrica italiana de esportivos em Beverly Hills – encara 35 adversários tripulados pelos melhores pilotos da especialidade em busca de outro relógio – faz questão de dizer que lugar no pulso não falta. A seu lado, os também brasileiros Xandinho Negrão, Daniel Serra e Chico Longo, representando a Via Italia Racing, distribuidor oficial da Ferrari no Brasil.
“Tive a chance de acelerar a F430 e posso dizer que a 458 é a mais impressionante máquina da categoria que pilotei. Muito no chão – e o pessoal da Michelotto, responsável pelo desenvolvimento, trabalhou bastante no motor. Não revelamos todo o potencial nos treinos (o Roar Before the Rolex), mas temos tudo para ser competitivos. A questão é que não faltam adversários fortes – Audi e Porsche também vêm com força total. Há muito tempo deixou de ser apenas uma prova de resistência, é preciso acelerar o tempo todo, aproveitar bem as bandeiras amarelas e procurar permanecer na volta do líder”, explica o mineiro, que vai correr pela equipe Hot-Car no Brasileiro de Stock Car. Ele terá a missão de qualificar o carro, nesta quinta-feira (24).
A Ferrari 64 ganhou uma decoração estilizada que chamou a atenção no primeiro dia de trabalhos em Daytona. Se o vermelho continua como cor principal, uma bandeira brasileira estilizada percorre as laterais e o teto, o que faz com que o carro seja facilmente reconhecido em meio às 59 máquinas que vão acelerar a partir das 18h30 (de Brasília), de sábado. Todo o esforço agora é para confirmar a máxima do comendador Enzo Ferrari, para quem “carro bonito é o que vence corridas”.
Rafa Matos
(Ativas/Symantec/IMM Impermeabilizantes)
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