Durante o dia, trabalho. Nos finais de semana, faculdade. E, à noite, treinos e academia. Conciliar a rotina de trabalho e estudos com a paixão pelo esporte exige, literalmente, fôlego de atleta. Disposição que não falta para Isabela Flores, de 23 anos, jogadora da Força Atlética Handebol.
“É uma rotina cansativa, mas quando entro em quadra para disputar um título, vejo que vale a pena todo o sacrifício”, ressalta a meia-direita. “E no domingo ainda dou banho nos cachorros lá de casa”, brinca.
Há nove anos, Isabela pratica handebol e desde 2005 integra o elenco da Força Atlética. “Comecei a jogar na escola; apaixonei-me pelo esporte e não consegui largar mais”, lembra.
O ponto alto da carreira de atleta veio em 2006 quando Isabela e a Força conquistaram a medalha de bronze no Campeonato Brasileiro Adulto Feminino 1ª Divisão. “Foi a primeira medalha goiana em torneio nacional e fiz parte desta história junto com a Força e jogando aqui em Goiânia”, recorda.
Formada em Zootecnia, Isabela trabalha como agente de nutrição animal em uma empresa de produtos agropecuários. “Na empresa é dedicação diária com muitas viagens pelo interior de Goiás e também para Mato Grosso”.
Nos finais de semana, Isabela encara mais uma jornada: cursa uma especialização na área de produção animal e nutrição de ruminantes. “Em semana de aula, fico a sexta e o sábado na faculdade em tempo integral”.
E o handebol? Sobra tempo? “Claro. Só falto treino quando viajo pelo trabalho ou em dia de faculdade e, mesmo assim, em último caso. Não abro mão do esporte”, conta.
As noites de segunda, quarta e sexta-feira são dedicadas aos treinos físicos e táticos na Força Atlética, comandados pelo técnico Jorge Castilho. “E quando não tem treino, nas noites de terça e quinta, chego do trabalho e vou para a academia ganhar mais condicionamento”, completa Isabela.
Quando bate cansaço e o desempenho e a concentração nos treinos caem, o técnico não perdoa. “Tem dia que bate preguiça; a cabeça está mais cheia de problemas; e os erros acontecem. Daí a bronca vem mesmo. Não tem desculpa de rotina. Mas a gente entende e sabe que é necessário cobrar para melhor dentro de quadra”.
O prêmio para toda a dedicação vem dentro de quadra. “Na hora do jogo esquecemos a dor dos treinos, as broncas, a rotina: tudo. E o melhor é, no final, ainda sair com a vitória”, diz.
Neste Dia Internacional das Mulheres, Isabela e as colegas de equipe já decidiram qual presente querem ganhar: mais uma medalha no Campeonato Brasileiro Adulto Feminino que, este ano, será em Brasília (DF), em agosto.
“Não só a Isabela, mas todas as meninas da equipe encontram tempo para dedicarem-se ao handebol e lutar pelos sonhos em quadra, apesar das dificuldades e da falta de reconhecimento dentro do esporte especializado. Só por isso já são vencedoras e merecem parabéns todos os dias”, ressalta o técnico Jorge Castilho.
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Pollyanna Pádua (01858 JP)
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