| Du Sachs e Ricardo Leal, a dupla faz bonito no Dakar até o dia de descanso e ocupa a 29ª posição A Nissan Navara #360 da dupla Luso-Brasileira de Ricardo Leal dos Santos e Du Sachs mostrou entrosamento, velocidade e espírito de Dakar para se recuperar e seguir na luta Iquique, 12 de janeiro de 2015 - A cidade balneária amanheceu chuvosa para dar ainda melhores contornos ao dia de descanso dos competidores de carros e caminhões desse duríssimo Dakar, Edição 2015. Uma edição que mostrou nessas oito primeiras etapas (inclusive uma delas maratona, sem assistência técnica) que reservou surpresas e dificuldades de todo tipo para os concorrentes.
Talvez um dos Dakar mais duros que já aconteceram na opinião de muitos. Tanto é assim que uma grande parte dos que largaram em Buenos Aires já ficaram pelo caminho: 65 dos 137 carros e 24 dos 63 caminhões. Na hoje chuvosa Iquique, portanto, apenas 72 carros e 39 caminhões se preparam para o retorno à capital Argentina através de mais cinco especiais que ainda prometem muito.
"Dizer que está sendo uma prova de altos e baixos pode parecer brincadeira", comentou Du Sachs que faz a sua estreia na prova mais importante da categoria. "Afinal já fomos do nível do mar a mais de 4000 m de altitude pelo menos 3 vezes e já rodamos horas a mais de 3500m de altitude!" continuou bem humorado o paulista de Taubaté, responsável pelos trajetos usados no Rally dos Sertões. "Na verdade me refiro aos altos e baixos que estamos fazendo na prova. Só para vocês terem uma ideia, no primeiro dia largamos em 60º lugar e terminamos em 26º! No segundo dia mantivemos a posição. No 3º dia, ficamos em 17º, uma bela subida. Já no 4º dia, quando íamos atrás de ficar em 15º, um probleminha nos freios nos jogou para 34º.
"E não pensem que os altos e baixos pararam por aí"emendou Du "Na 5ª etapa, passamos mais gente outra vez e ficamos em 25º, que nos dava 20º na geral. Sensacional até que, na 6ª etapa, quando já estávamos em 14º, um susto! Um salto às cegas, meio atravessado (e alto) em uma duna, terminou com uma aterrissagem (embaixo) que destruiu a suspensão da nossa Nissan Navara. Isso sem contar que já parados, fomos abalroados por um caminhão que evadiu-se do local e pelo fusca do Henrard, que também foi embora sem prestar assistência. Mas o Ricardo e eu trabalhamos super bem, de forma muito entrosada, e em apenas 3 horas trocamos o triângulo da balança e a homocinética para prosseguir e sair do deserto ainda com luz e sem estourar o tempo. Mas, isso nos jogou para a 68ª posição!! Íamos ter que recuperar tudo de novo e justamente na etapa maratona"
"Desta vez, por largar tão atrás tivemos até um microclima só nosso," explicou. " Enquanto a turma da frente ia no sol e no seco a gente ia na lama e na chuva. Coisas de Dakar, mas mesmo assim e com um limpador de para-brisas que não queria cooperar, chegamos à Bolívia em 39º lugar. Depois de largar em 68º, vocês podem imaginar o que foi!!! Ainda mais sendo na etapa maratona, sem assistência técnica ao final. Mas o Ricardo mandou muito bem com uma tocada segura, eu, modéstia à parte, também naveguei direitinho e chegamos em 39º lugar. Depois de reapertar o carro e completar os líquidos, estávamos prontos para largar de volta ao nível do mar em Iquique"
"Começou com uma hora de pé embaixo no salar de Uyuni. Uma hora a 6000 rpm com velocidade entre 175 e 178km/h no chão lisinho da maior planície de sal do mundo, a 3.656 metros acima do nível do mar. Uma coisa inesquecível. E todo o tempo ultrapassando outros concorrentes, já que voltamos a Iquique em 19º lugar!
"O nosso carro é muito bom, o Ricardo tem pilotado muito com uma tocada segura, sem arriscar. Na largada da etapa maratona ainda comentei com ele se estávamos aqui para testar, competir ou tentar ganhar e ele, muito calmamente, me disse que estávamos para melhorar cada vez mais essa equipe, que como toda equipe precisa se acertar nos detalhes, evoluir e voltar outras vezes, com um motor um pouco ainda mais forte e bem desenvolvido para o Dakar, que é tudo que precisamos para andar mais ainda perto da ponta."
"Amanhã a 9ª etapa de Iquique para Calama, mais uma vez saindo do nível do mar e chegando a 3000m de altitude! É o "altos e baixos" que continua!. Começando com 51km de neutralizado, 450km de trecho cronometrado e mais 37km de neutralizado. No trecho, muitos buracos, muitos pulos e um trajeto estreito. Ainda bem que largamos em 19o. Vamos em frente que o projeto é muito bom e apesar da sua juventude já mostrou que dará muitas alegrias." | José Mário Dias
Nos primeiros dias eles avançaram destemidamente
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| Gustavo Epifanio
A boa variação de terrenos exige performance compatível com todo tipo de piso
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| Victor Eleutério
Enfrentaram lama
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| Victor Eleutério
Deserto
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| Victor Eleutério
Superaram os mais diversos obstáculos
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| José Mário Dias
Não pararam nem mesmo com o carro abalroado por um caminhão e um carro
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| Vinicius Branca
Hoje, dia de descanso pós maratona, revisão geral na Nissan Navara
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