Australiano da Penske foi o mais eficiente e também contou com a sorte quando Ryan Briscoe bateu a poucas voltas do final; Vitor Meira foi o melhor brasileiro ao terminar no pódio em terceiro lugar
A festa foi grande. A região do Anhembi recebeu na tarde deste domingo (14) a primeira corrida de rua da Fórmula Indy em uma cidade da América Latina. Com arquibancadas lotadas, na pista o que se viu foi um show de ultrapassagens - a ponto de Helio Castroneves ter dito que nesta prova aconteceram mais destas manobras do que em toda a temporada de 2009. A honra de ser o primeiro vencedor da história no Circuito Anhembi coube ao australiano Will Power, da Penske. Foi sua segunda vitória na categoria.
"Um bom resultado como este sempre dá mais confiança para o restante do ano. É a melhor maneira de começar uma temporada", disse o vencedor. "Minha comunicação (via rádio) com a equipe estava muito ruim. Eu não sabia quantas voltas ainda tinha pela frente, se eu devia fazer mais uma parada. Quando consegui me comunicar com o time eu soube que faltavam seis voltas. Perguntei se era para passar novamente pelo pit, quando soube que era para permanecer na pista para o término da corrida".
Com um calor de mais de 30 graus e espessas nuvens se aproximando da região do Sambódromo do Anhembi, a corrida começou com os nervos de todos à flor da pele. Na primeira curva do circuito após a largada - o S do Samba - dois acidentes causaram a primeira bandeira amarela da prova: estreando na categoria, o japonês Takuma Sato, da equipe KV, perdeu o controle na freada e acertou o carro do neozelandês Scott Dixon. Helio Castroneves vinha logo atrás e não conseguiu desviar do carro da Ganassi e também bateu. Os danos foram leves e o mais prejudicado foi Sato, que abandonou a prova.
Logo atrás, Mario Moraes, também da KV, perdeu o controle de seu carro e bateu com o norte-americano Marco Andretti. No acidente, o carro de Moraes parou sobre o cockpit de Andretti. "Tinha muita poeira na reta na hora da largada e, por causa do primeiro acidente (envolvendo Sato, Dixon e Castroneves), todo mundo freou muito antes do ponto normal. E, quando vi, todos estavam bem devagar e não consegui evitar a batida", afirmou Moraes, que havia confirmado sua participação na prova apenas na quinta-feira anterior à prova. Andretti demorou 12 minutos até conseguiu sair do carro, ileso, para ser levado ao centro médico, de onde foi liberado logo a seguir.
As disputas voltaram com tudo na abertura do oitavo giro, quando a corrida recomeçou após alguns pilotos já terem realizado seus pit stops. Helio Castroneves, em virtude dos danos sofridos na parte dianteira do carro, fez quatro paradas neste período. Dario Franchitti, que largara da pole position, mantinha a ponta com Alex Tagliani em segundo lugar, Will Power em terceiro, Ryan Hunter-Reay em quarto e Tony Kanaan, logo atrás, em quinto.
Na 18ª volta, Hunter-Ray já estava em terceiro e ganhou o segundo posto ao passar Tagliani naquele que se provou o melhor ponto de ultrapassagem do circuito: a Curva da Vitória, no final da Reta dos Bandeirantes (na Marginal Tietê). Na 20ª volta, nova bandeira amarela, causada pela parada da venezuelana Milka Duno, com problemas mecânicos, na Curva da Base Aérea. Assim, quase todos os pilotos se dirigiram aos pits para a troca de pneus e reabastecimento.
Seis voltas depois, já com bandeira verde, Hunter-Reay tomou o segundo lugar de Franchitti no fim da Reta dos Bandeirantes e no giro seguinte subiu à liderança ao superar a suíça Simona de Silvestro, que não havia feito sua parada durante a bandeira amarela e sentiu o gostinho de liderar a prova por alguns minutos.
Tony Kanaan mantinha bom ritmo de prova em quarto lugar andando com os pneus duros da Firestone quando foi vítima de um acidente entre Dan Wheldon e Alex Tagliani. O britânico tentava passar o canadense na Reta de Marte quando, na freada para a Curva Anhembi, acertou a traseira do carro da equipe FAZZT, que também bateu em Kanaan. Tagliani ficou pelo caminho. Kanaan e Wheldon voltaram à pista, mas com uma volta de desvantagem.
O acidente aconteceu justamente no momento em que a chuva começava a cair sobre o Circuito Anhembi, e quem parou primeiro para colocar os pneus para piso molhado se deu bem, mesmo que momentaneamente. Foi o caso de Mario Romancini, que aparecia em quinto lugar com o carro da Conquest, atrás de Hunter-Reay, Will Power, Franchitti e Simona de Silvestro.
Com o piso molhado, não demorou para a bandeira amarela ser mais uma vez acionada, por causa do acidente do inglês Alex Lloyd na entrada da Reta dos Bandeirantes. Na 34ª volta, a direção de prova optou por interromper a corrida com a bandeira vermelha por causa da chuva forte, com 1h14min de prova.
A paralisação durou 45 minutos, e às 14h55 os carros voltaram à pista, já parcialmente seca. A corrida foi reiniciada ainda sob bandeira amarela, e alguns pilotos aproveitaram para substituir os pneus de chuva pelos de pista seca. Neste momento, três brasileiros ocupavam posições entre os dez primeiros: Vitor Meira, Helio Castroneves e Bia Figueiredo. A bandeira verde foi agitada na abertura da volta 38, e no giro 43 a ordem era Hunter-Reay, Raphael Matos, Ryan Briscoe, Will Power e Vitor Meira.
Na 46ª volta, Power superou o brasileiro da Luczo Dragon/De Ferran, e Mario Romancini causou nova bandeira amarela ao bater no muro da saída da Curva Tietê, forçando o estreante a abandonar sua primeira prova na Fórmula Indy.
Sob bandeira verde no 49º giro, em uma bela disputa pela liderança entre as equipes Penske e Andretti Autosport, Ryan Briscoe tomou a liderança de Ryan Hunter-Reay na Curva da Vitória. , mas Hunter-Reay recuperou a ponta na curva seguinte, o S do Samba. Na volta seguinte, praticamente um replay: Briscoe repetiu a manobra no fim da Reta dos Bandeirantes, mas desta vez tomou o cuidado de não tomar o troco do adversário.
A alegria do australiano durou pouco: na volta 53, pressionado por Hunter-Reay, Briscoe perdeu o controle do carro e bateu na barreira de proteção de pneus na Curva Anhembi. Com bandeira verde a cinco voltas do fim, Vitor Meira superou o compatriota Raphael Matos e subiu ao terceiro lugar, e Will Power continuava sua caça à liderança andando colado no carro de Hunter-Reay. Na 57ª volta, o australiano da equipe Penske ultrapassou o carro da Andretti Autosport na Curva da Vitória, a quatro minutos da bandeira quadriculada.
No final, Power cruzou a linha de chegada no Sambódromo do Anhembi com 1s8581 de vantagem para Ryan Hunter-Reay e 9s7094 para Vitor Meira, o primeiro brasileiro a receber a bandeirada.
"Foi a corrida mais cheia de alternativas da qual já participei, mas foi ótimo", contou o vencedor, lembrando da quantidade de bandeiras amarelas durante a prova e dos dois acidentes na largada. "Se o carro estiver rápido, o piloto consegue fazer a ultrapassagem, porque o layout do circuito é ótimo", elogiou.
"Esta etapa do Brasil foi ótima. Um país que provou que gosta muito de corrida. Fizeram um circuito de rua com muitos pontos de ultrapassagens, já que as retas são bem longas", contou o segundo colocado, Ryan Hunter-Reay.
Terceiro colocado, Vitor Meira comemorou o pódio logo no início do ano. "Sinceramente, em condições normais eu não tinha carro para chegar em terceiro lugar. Usamos bem a cabeça e arriscamos. Não tem como fazer estratégia para o que aconteceu nessa corrida; o que dá para ir se adaptando. Consegui forçar quando tinha que forçar, e tirar o pé quando necessário".
"Nós somos uma equipe pequena. Mesmo o Raphael Matos, que chegou em quarto, corre por uma equipe que está crescendo. Nós conseguimos brigar pela vitória. Em outras categorias isso seria muito difícil de acontecer", completou.
Meira ainda elogiou o trabalho realizado durante a noite de sábado na reta do Sambódromo para aumentar a aderência no local da largada. "Já fizemos a primeira volta de pé cravado", disse, referindo-se à melhora do nível de aderência do traçado. "Impressionante o trabalho que fizeram esta noite. Soube que retiraram cerca de 40 caminhões de concreto", observou o melhor brasileiro na corrida.
Raphael Matos foi o quarto colocado, confirmando o bom desempenho da equipe que tem o ex-piloto Gil de Ferran como sócio. Dan Wheldon foi o sexto colocado, seguido por Scott Dixon, Dario Franchitti, Mike Conway, Helio Castroneves em nono lugar e Tony Kanaan fechando os dez primeiros.
Bia Figueiredo cumpriu seu objetivo de terminar a corrida ao cruzar a linha de chegada na 13ª posição em sua estréia como a primeira piloto brasileira em uma categoria top do automobilismo internacional. "Estou muito feliz por ter terminado a corrida. Esse foi uma final de semana maravilhoso. Deu pra sentir a grandiosidade dessa prova, com as arquibancadas lotadas e o público gritando o nome dos pilotos. Sinto o objetivo cumprido, especialmente porque fiz apenas um dia de pré-temporada. No começo da corrida eu estava mais tensa, mas logo comecei a pegar as manhas do carro. No final da corrida, já estava virando com tempos competitivos. Essa corrida é um marco na minha carreira", resumiu a piloto.
A próxima etapa, também em circuito urbano, acontece em São Petesburgo, na Flórida, no dia 28 de março.
Público e audiência - O Circuito Anhembi recebeu um grande público durante o fim de semana. Ao todo, cerca de 40 mil pessoas assistiram à corrida. A Band, que transmitiu a prova para todo o Brasil e mais quase 200 países, alcançou o segundo lugar na medição prévia do Ibope, com oito pontos de média e picos de dez pontos ao longo da exibição da prova. Cada ponto equivale a cerca de 60 mil domicílios na Grande São Paulo.
Confira o resultado da São Paulo Indy 300:
1-) Will POWER (AUS/Team Penske) - 61 voltas em 2h00s58
2-) Ryan HUNTER-REAY (EUA/Andretti Autosport) - a 1s8581
3-) Vitor MEIRA (BRA/A.J.Foyt) - a 9s7094
4-) Raphael MATOS (BRA/Luczo Dragon/ De Ferran) - a 10s4235
5-) Dan WHELDON (GBR/Panther Racing) - a 10s8883
6-) Scott DIXON (NZL/Ganasi) - a 11s3473s
7-) Dario FRANCHITTI (ESC/Ganasi) -a 12s.0579
8-) Mike CONWAY (GBR/Dreyer & Reinbold Racing ) - a 12s1654
9-) Helio CASTRONEVES (BRA/Penske) - a 12s7411
10-) Tony KANAAN (BRA/Andretti) - a 12s.4850
11-) Justin WILSON (GBR/Dreyer & Reinbold Racing) - a 13s9193
12-) Ernesto J. VISO (VEN/KV Racing) a 16s9039
13-) Bia FIGUEIREDO (BRA/Dryer & Reinbold Racing) - a 19s6451
14-) Ryan BRISCOE (AUS/Penske) - a 1min14s9191
15-) Danica PATRICK (EUA/Andretti Autosport) - a 1 volta
16-) Simona DE SILVESTRO (SUI/HVM Racing) - a 3 voltas
17-) Mario ROMANCINI (BRA/Conquest) - a 15 voltas
18-) Alex LLOYD (GBR/Dale-Coyne Racing) - a 31 voltas
19-) Alex TAGLIANI (CAN/FAZZT Race Team - a 33 voltas
20-) Hideki MUTOH (JPN/Andretti) - a 34 voltas
21-) Mika DUNO (VEN/Dale-Coyne Racing) - a 41 voltas
22-) Takuma SATO (JPN/KV Racing) - a 61 voltas
23-) Marco ANDRETTI (EUA/Andretti) - a 61 voltas
24-) Mario MORAES (BRA/KV Racing) - a 61 voltas
Visite o site do evento: www.saopauloindy300.com.br
Siga a São Paulo Indy 300 no Twitter: www.twitter.com/indyemsaopaulo.
Fotos:Bruno Terena / ReUnion Press
"Um bom resultado como este sempre dá mais confiança para o restante do ano. É a melhor maneira de começar uma temporada", disse o vencedor. "Minha comunicação (via rádio) com a equipe estava muito ruim. Eu não sabia quantas voltas ainda tinha pela frente, se eu devia fazer mais uma parada. Quando consegui me comunicar com o time eu soube que faltavam seis voltas. Perguntei se era para passar novamente pelo pit, quando soube que era para permanecer na pista para o término da corrida".
Com um calor de mais de 30 graus e espessas nuvens se aproximando da região do Sambódromo do Anhembi, a corrida começou com os nervos de todos à flor da pele. Na primeira curva do circuito após a largada - o S do Samba - dois acidentes causaram a primeira bandeira amarela da prova: estreando na categoria, o japonês Takuma Sato, da equipe KV, perdeu o controle na freada e acertou o carro do neozelandês Scott Dixon. Helio Castroneves vinha logo atrás e não conseguiu desviar do carro da Ganassi e também bateu. Os danos foram leves e o mais prejudicado foi Sato, que abandonou a prova.
Logo atrás, Mario Moraes, também da KV, perdeu o controle de seu carro e bateu com o norte-americano Marco Andretti. No acidente, o carro de Moraes parou sobre o cockpit de Andretti. "Tinha muita poeira na reta na hora da largada e, por causa do primeiro acidente (envolvendo Sato, Dixon e Castroneves), todo mundo freou muito antes do ponto normal. E, quando vi, todos estavam bem devagar e não consegui evitar a batida", afirmou Moraes, que havia confirmado sua participação na prova apenas na quinta-feira anterior à prova. Andretti demorou 12 minutos até conseguiu sair do carro, ileso, para ser levado ao centro médico, de onde foi liberado logo a seguir.
As disputas voltaram com tudo na abertura do oitavo giro, quando a corrida recomeçou após alguns pilotos já terem realizado seus pit stops. Helio Castroneves, em virtude dos danos sofridos na parte dianteira do carro, fez quatro paradas neste período. Dario Franchitti, que largara da pole position, mantinha a ponta com Alex Tagliani em segundo lugar, Will Power em terceiro, Ryan Hunter-Reay em quarto e Tony Kanaan, logo atrás, em quinto.
Na 18ª volta, Hunter-Ray já estava em terceiro e ganhou o segundo posto ao passar Tagliani naquele que se provou o melhor ponto de ultrapassagem do circuito: a Curva da Vitória, no final da Reta dos Bandeirantes (na Marginal Tietê). Na 20ª volta, nova bandeira amarela, causada pela parada da venezuelana Milka Duno, com problemas mecânicos, na Curva da Base Aérea. Assim, quase todos os pilotos se dirigiram aos pits para a troca de pneus e reabastecimento.
Seis voltas depois, já com bandeira verde, Hunter-Reay tomou o segundo lugar de Franchitti no fim da Reta dos Bandeirantes e no giro seguinte subiu à liderança ao superar a suíça Simona de Silvestro, que não havia feito sua parada durante a bandeira amarela e sentiu o gostinho de liderar a prova por alguns minutos.
Tony Kanaan mantinha bom ritmo de prova em quarto lugar andando com os pneus duros da Firestone quando foi vítima de um acidente entre Dan Wheldon e Alex Tagliani. O britânico tentava passar o canadense na Reta de Marte quando, na freada para a Curva Anhembi, acertou a traseira do carro da equipe FAZZT, que também bateu em Kanaan. Tagliani ficou pelo caminho. Kanaan e Wheldon voltaram à pista, mas com uma volta de desvantagem.
O acidente aconteceu justamente no momento em que a chuva começava a cair sobre o Circuito Anhembi, e quem parou primeiro para colocar os pneus para piso molhado se deu bem, mesmo que momentaneamente. Foi o caso de Mario Romancini, que aparecia em quinto lugar com o carro da Conquest, atrás de Hunter-Reay, Will Power, Franchitti e Simona de Silvestro.
Com o piso molhado, não demorou para a bandeira amarela ser mais uma vez acionada, por causa do acidente do inglês Alex Lloyd na entrada da Reta dos Bandeirantes. Na 34ª volta, a direção de prova optou por interromper a corrida com a bandeira vermelha por causa da chuva forte, com 1h14min de prova.
A paralisação durou 45 minutos, e às 14h55 os carros voltaram à pista, já parcialmente seca. A corrida foi reiniciada ainda sob bandeira amarela, e alguns pilotos aproveitaram para substituir os pneus de chuva pelos de pista seca. Neste momento, três brasileiros ocupavam posições entre os dez primeiros: Vitor Meira, Helio Castroneves e Bia Figueiredo. A bandeira verde foi agitada na abertura da volta 38, e no giro 43 a ordem era Hunter-Reay, Raphael Matos, Ryan Briscoe, Will Power e Vitor Meira.
Na 46ª volta, Power superou o brasileiro da Luczo Dragon/De Ferran, e Mario Romancini causou nova bandeira amarela ao bater no muro da saída da Curva Tietê, forçando o estreante a abandonar sua primeira prova na Fórmula Indy.
Sob bandeira verde no 49º giro, em uma bela disputa pela liderança entre as equipes Penske e Andretti Autosport, Ryan Briscoe tomou a liderança de Ryan Hunter-Reay na Curva da Vitória. , mas Hunter-Reay recuperou a ponta na curva seguinte, o S do Samba. Na volta seguinte, praticamente um replay: Briscoe repetiu a manobra no fim da Reta dos Bandeirantes, mas desta vez tomou o cuidado de não tomar o troco do adversário.
A alegria do australiano durou pouco: na volta 53, pressionado por Hunter-Reay, Briscoe perdeu o controle do carro e bateu na barreira de proteção de pneus na Curva Anhembi. Com bandeira verde a cinco voltas do fim, Vitor Meira superou o compatriota Raphael Matos e subiu ao terceiro lugar, e Will Power continuava sua caça à liderança andando colado no carro de Hunter-Reay. Na 57ª volta, o australiano da equipe Penske ultrapassou o carro da Andretti Autosport na Curva da Vitória, a quatro minutos da bandeira quadriculada.
No final, Power cruzou a linha de chegada no Sambódromo do Anhembi com 1s8581 de vantagem para Ryan Hunter-Reay e 9s7094 para Vitor Meira, o primeiro brasileiro a receber a bandeirada.
"Foi a corrida mais cheia de alternativas da qual já participei, mas foi ótimo", contou o vencedor, lembrando da quantidade de bandeiras amarelas durante a prova e dos dois acidentes na largada. "Se o carro estiver rápido, o piloto consegue fazer a ultrapassagem, porque o layout do circuito é ótimo", elogiou.
"Esta etapa do Brasil foi ótima. Um país que provou que gosta muito de corrida. Fizeram um circuito de rua com muitos pontos de ultrapassagens, já que as retas são bem longas", contou o segundo colocado, Ryan Hunter-Reay.
Terceiro colocado, Vitor Meira comemorou o pódio logo no início do ano. "Sinceramente, em condições normais eu não tinha carro para chegar em terceiro lugar. Usamos bem a cabeça e arriscamos. Não tem como fazer estratégia para o que aconteceu nessa corrida; o que dá para ir se adaptando. Consegui forçar quando tinha que forçar, e tirar o pé quando necessário".
"Nós somos uma equipe pequena. Mesmo o Raphael Matos, que chegou em quarto, corre por uma equipe que está crescendo. Nós conseguimos brigar pela vitória. Em outras categorias isso seria muito difícil de acontecer", completou.
Meira ainda elogiou o trabalho realizado durante a noite de sábado na reta do Sambódromo para aumentar a aderência no local da largada. "Já fizemos a primeira volta de pé cravado", disse, referindo-se à melhora do nível de aderência do traçado. "Impressionante o trabalho que fizeram esta noite. Soube que retiraram cerca de 40 caminhões de concreto", observou o melhor brasileiro na corrida.
Raphael Matos foi o quarto colocado, confirmando o bom desempenho da equipe que tem o ex-piloto Gil de Ferran como sócio. Dan Wheldon foi o sexto colocado, seguido por Scott Dixon, Dario Franchitti, Mike Conway, Helio Castroneves em nono lugar e Tony Kanaan fechando os dez primeiros.
Bia Figueiredo cumpriu seu objetivo de terminar a corrida ao cruzar a linha de chegada na 13ª posição em sua estréia como a primeira piloto brasileira em uma categoria top do automobilismo internacional. "Estou muito feliz por ter terminado a corrida. Esse foi uma final de semana maravilhoso. Deu pra sentir a grandiosidade dessa prova, com as arquibancadas lotadas e o público gritando o nome dos pilotos. Sinto o objetivo cumprido, especialmente porque fiz apenas um dia de pré-temporada. No começo da corrida eu estava mais tensa, mas logo comecei a pegar as manhas do carro. No final da corrida, já estava virando com tempos competitivos. Essa corrida é um marco na minha carreira", resumiu a piloto.
A próxima etapa, também em circuito urbano, acontece em São Petesburgo, na Flórida, no dia 28 de março.
Público e audiência - O Circuito Anhembi recebeu um grande público durante o fim de semana. Ao todo, cerca de 40 mil pessoas assistiram à corrida. A Band, que transmitiu a prova para todo o Brasil e mais quase 200 países, alcançou o segundo lugar na medição prévia do Ibope, com oito pontos de média e picos de dez pontos ao longo da exibição da prova. Cada ponto equivale a cerca de 60 mil domicílios na Grande São Paulo.
Confira o resultado da São Paulo Indy 300:
1-) Will POWER (AUS/Team Penske) - 61 voltas em 2h00s58
2-) Ryan HUNTER-REAY (EUA/Andretti Autosport) - a 1s8581
3-) Vitor MEIRA (BRA/A.J.Foyt) - a 9s7094
4-) Raphael MATOS (BRA/Luczo Dragon/ De Ferran) - a 10s4235
5-) Dan WHELDON (GBR/Panther Racing) - a 10s8883
6-) Scott DIXON (NZL/Ganasi) - a 11s3473s
7-) Dario FRANCHITTI (ESC/Ganasi) -a 12s.0579
8-) Mike CONWAY (GBR/Dreyer & Reinbold Racing ) - a 12s1654
9-) Helio CASTRONEVES (BRA/Penske) - a 12s7411
10-) Tony KANAAN (BRA/Andretti) - a 12s.4850
11-) Justin WILSON (GBR/Dreyer & Reinbold Racing) - a 13s9193
12-) Ernesto J. VISO (VEN/KV Racing) a 16s9039
13-) Bia FIGUEIREDO (BRA/Dryer & Reinbold Racing) - a 19s6451
14-) Ryan BRISCOE (AUS/Penske) - a 1min14s9191
15-) Danica PATRICK (EUA/Andretti Autosport) - a 1 volta
16-) Simona DE SILVESTRO (SUI/HVM Racing) - a 3 voltas
17-) Mario ROMANCINI (BRA/Conquest) - a 15 voltas
18-) Alex LLOYD (GBR/Dale-Coyne Racing) - a 31 voltas
19-) Alex TAGLIANI (CAN/FAZZT Race Team - a 33 voltas
20-) Hideki MUTOH (JPN/Andretti) - a 34 voltas
21-) Mika DUNO (VEN/Dale-Coyne Racing) - a 41 voltas
22-) Takuma SATO (JPN/KV Racing) - a 61 voltas
23-) Marco ANDRETTI (EUA/Andretti) - a 61 voltas
24-) Mario MORAES (BRA/KV Racing) - a 61 voltas
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Fotos:Bruno Terena / ReUnion Press
Vitor Meira comemora o terceiro lugar na São Paulo Indy 300
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